A história do Rosenberg

Atendendo a incansáveis pedidos dos meus inúmeros leitores, segue a história do Rosenberg, Na verdade, foi uma coisa que me deixou bolado. Rosenberg começou no longa, não fez curta antes do seu Balada da Página Três. Fez uns cinco ou seis longas, até que começou a fazer curta em película e acabou no vídeo. Ele tem mais de 20 curtas em vídeo dos anos 80 pra cá. Essa semana, ele acabou de finalizar um novo vídeo, que deve passar na nossa mostra, e que ainda não vimos. Tem 45 minutos. Ingenuamente, perguntamos: “E esses vídeos, passaram onde?”. E ele responde, “ora, em lugar nenhum”. E nós: “poxa, ruim isso, né?”. Ele: “Por que?”. Rosenberg nos disse que sinceramente não se importa nem um pouco que seus trabalhos não sejam exibidos. Ele disse que já passou da idade de se martirizar porque seus filmes não passam no Estação Botafogo, e que o objetivo da vida de um cineasta brasileiro não pode ser “passar no Estação Botafogo”. Reafirmou a necessidade de criar sistemas alternativos de exibição, para se contrapor a isso que está aí. Sugeriu vender DVD em banca de jornal, lançar DVD junto com livro, etc, etc. Ele se importa apenas em fazer o filme, se as pessoas viram ou não, ele ta meio cagando. Isto tem me feito pensar. Acho isso esquisitíssimo...

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