Quero Ser Jack White

Quando se faz um filme sobre um casal de adolescentes perdendo a virgindade, em geral o que se escolhe é o clichê de ser na casa do menino quando a mãe não está. O que encanta em Quero Ser Jack White é assumir-se como antípoda dessa situação: eles têm sua primeira transa na casa da menina enquanto sua mãe está. O filme se revela muito além de seus simples propósitos: o casal tem um perfil completamente diferente um do outro, retratado de diversas formas, desde a forma como se vestem, sua postura corporal, etc. Mas tem coisas em comum: a inexperiência, o “piercing”, o gosto musical. Através dessas diferenças e semelhanças, o filme traça com grande espontaneidade e generosidade essa interseção de caminhos, a importância do afeto, de dividir os receios, de “abrir o jogo”. E acaba fazendo um retrato com ternura de uma geração, quebrando tabus entorno do perfil do “homem” e da “mulher” na relação adolescente. Belo filme.

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