A Janela da Frente

Para não perder a viagem devo citar que vi um dia o A JANELA DA FRENTE. Na verdade estava fisicamente no cinema mas com a cabeça em outro lugar. Vi o filme por motivos que escapam ao do cinema, e de qualquer modo fico muito feliz de conseguir fazer uma escolha desse tipo (há anos isso seria impossível...). Eu estava tão desligado que só vi o nome do diretor no final, e dei grandes risadas ao saber que se tratava de F. Ozpetek, um cara que eu não tenho lá grande respeito. Pelo que consegui ver, o filme nada tem a dizer, e é surpreendente que consiga ter sido exibido em cinema no Brasil. Bom, meno male, é cinema italiano na tela. Tem uma coisa da mulher se interessar pelo vizinho, e uma coisa com um cara mais velho que me lembou muito mal comparando algo dos filmes do Kieslowski, mas de qqer forma o mistério e o tom metafísico estão fora do projeto de Ozpetek. A pobre dona-de-casa italiana descobre o frescor da vida com a solidariedade, então o filme provoca aquela “sublimação reconfortante”, ou seja, é para ser visto por donas-de-casa frustradas. Um belo plano final no olhar da bela protagonista fica na mente, mas não muito mais do que isso. Um equívoco.

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