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De Kiko Goifman
Estação Paço qui 15 julho 19hs
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Esse longa documental do habilidoso videomaker Kiko Goifman tbem me desapontou. Não chega a ser um trabalho ruim, mas é que eu pensei que realmente seria um bom filme, e em minha opinião ele fica na metade do caminho de várias de suas intenções. O filme se resolve verbalmente na voz off, como se fosse um diário de viagem, o que é uma solução fácil para um documentário e que acaba se revelando um tanto frágil. Mas o diretor comprova seu estilo pouco didático nas imagens que pontuam essa voz off, em fragmentos da cidade noturna, de uma solidão e angústia que nos remetem a alguns momentos de O Prisioneiro da Grade de Ferro. O filme é pessoal: é sobre o próprio diretor que procura sua mãe biológica durante 33 dias. Acaba não tendo um desenvolvimento propriamente dito nem algumas reviravoltas. O filme então fica meio solto, e ao final, fica-se com uma dificuldade de se saber “sobre o que” é esse filme. A comparação entre os livros policiais, o trabalho misterioso do detetive e a própria posição do filme e do autor são interessantes mas não se desenvolvem à altura. Assim como a aparição de uma cartomante. Etc, etc, etc.

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