De punho cerrado

 

Vivo

De punho cerrado

Não dou tapa

Dou um murro

 

Amo

De punho cerrado

Não dou a face

Eu a uso

Como escudo

 

Meu punho fere

Qual punhal

Lança ocre

Mortal

 

Nesse castelo de mim mesmo

Ninguém entra

Que não seja convidado

 

E por entre as frestas deste punho

Não há luz

Nem poesia

 

Como um machado

De ourives nobre

E matéria podre

Comentários

Anônimo disse…
Meu caro: 1) Espero que a apresentação de seu vídeo no Ateliê tenha sido um sucesso; 2) Gostaria de publicar esse poema no Balaio. Tudo bem? Um abraço.

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