Ainda um pouco sobre cristóvão colombo

Ainda um pouco sobre o muito (pouco) de cristóvão colombo

 

Ao chegar ao fim da vida, o que se aprendeu? Nada, e tudo. Ou melhor, pouco e muito. E o que se aprendeu, será que é correto? Talvez não o seja. Diante disso, o que é o conhecimento? Diante do que (não) se aprendeu, o que há para ser aprendido? E qual o papel da imagem e da representação nisso?

 

Em Um Filme Falado, Manoel de Oliveira já fazia um cinema didático. Em Cristóvão Colombo (e seu fantástico subtítulo – “o enigma”), Oliveira prolonga, questiona, coloca de maneira mais clara seus pensamentos sobre o cinema, a vida, a história, o conhecimento e o mundo.

 

Um (des)conhecimento do mundo ligado (umbilicalmente) a um (des)conhecimento do afetivo. A aventura do mundo (do descobrimento) relacionada à aventura de viver e à aventura da descoberta.

 

E no fim da vida, qual é a importância de tudo isso? Os cineastas portugueses são os sábios gregos de nossa época. Em Vai e Vem, João Cesar Monteiro escarrou (com muito respeito) na cara da morte, e nos premiou com um último plano dos mais fascinantemente enigmáticos da história do cinema (síntese dessa reflexão “o que é o cinema?” e “o que fica de tudo isso?”). Em Oliveira, a despedida é sempre de cabeça erguida. Mas quando ela será? Haverá uma despedida? Será melhor dizer um “até logo” do que um “adeus”?

 

De qualquer forma, ele divide conosco esse paradoxo da vida, tributo pascalino: a miséria e a grandeza do homem, da vida.  Como é pouca e muita a aventura de viver, como essa aventura é louca e tímida, como aprendemos muito e ainda há muito mais para aprender!

 

Ao fim da vida, Oliveira não quer olhar para trás. Minto: ele olha para trás sim (é um filme sobre a História), mas sem medo. Ele olha para trás nunca como nostalgia, mas sempre como motivação para olhar para frente, para muito além. “Ainda há tanto para ver”.

 

Há quem fale no fim do cinema, no marasmo da obra de arte. Oliveira ao fim da vida não se preocupa com isso. Ele parece se preocupar com filmar, com viver, com aprender, pois ainda há muito a ser feito, muito a ser aprendido. Há algo mais bonito que isso?

Comentários

Anônimo disse…
Foi a apresentado este domingo no Auditório Municipal das Velas o Livro “O Mistério de Colombo revelado” de Manuel da Silva Rosa.

A Tese deste historiador versa sobre a possibilidade de Cristóvão Colombo ser português ao contrário daquilo que nos conta a história.

A explicação surge baseada em documentos e em investigações feitas pelo autor.

A tese deste historiador picoense, de 46 anos de idade e radicado nos EUZ desde 1973, ao contrário do que se possa pensar, já obteve aprovações em Portugal.
Manuel da Silva Rosa, não quer mudar a história de Portugal, mas sim dar um contributo válido para que esta seja contada na sua verdadeira versão, a história tal como ela foi.

O autor já pensa numa 2ª edição, um livro que será mais resumido e trará novas provas sobre quem foi Cristóvão Colombo.

«O Mistério Colombo Revelado»
15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial.

Finalmente um trabalho de investigação histórica amplamente documentado que desmonta o embuste criado pela historiografia oficial e que oferece abundantes pistas para a descoberta do grande mistério que rodeia o «descobridor da América», e propõe a mudança da perspectiva histórica de análise.

É absolutamente claro que Cristoval Colon não foi Christopher Columbus, o tecelão de lã genovês que teria casado com uma nobre portuguesa, que escrevia num espanhol aportuguesado e que sabia latim. Mas o que transparece com evidência na procura autêntica, rigorosa e sem «pré-conceitos» da verdade histórica é o genial plano secreto do rei português D. João II, sem dúvida, um dos grandes génios e estrategas políticos do passado milénio.

Manuel da Silva Rosa e Eric James Steele transportam-nos até aos bastidores do período dos Descobrimentos num texto que se lê sofregamente página a página e está recheado de surpresas.

Como um exemplo das novidades que esta obra traz saliente-se, no capítulo V, a demonstração categórica do carácter espúrio do famoso Testamento de Colombo onde este se afirma genovês.

Sim o Testamento de 1498 usado por séculos para apoiar a nacionalidade genovesa é completamente falso.

«(...) este livro de Manuel Rosa e Eric Steele (...) vem confirmar que, qualquer que seja o seu verdadeiro nome, é a origem nobre portuguesa que melhor explica as enigmáticas contradições em torno da vida de Colon.»

José Rodrigues dos Santos
In «Prefácio»

http://www.colombo.bz

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