BODA BRANCA




1A e 1B: dolly-out num momento crucial do filme. Após o primeiro êxtase, o professor deixa a casa da menina, pois precisa "voltar para casa". Num dos raros momentos do filme em que a câmera não acompanha esse professor, vemos prenunciada a impossibilidade do contato com esse dolly-out magnífico.

2: um plano-síntese do cinema de Brisseau. Anjo ou demônio? Carne ou espírito? Vejam a importância da presença da luz como elemento dramatúrgico. O corpo, o sexo, o feminino, ou ainda, o desejo que destrói a paz ou que entra em choque com as convenções da sociedade, é a matéria-prima do cinema provocativo de Brisseau.


3: Liberdade. A importância do grande plano geral. Um dos raros momentos de plena felicidade do filme. Um dos raros momentos desse filme em que esse professor vive de forma plena, perde o controle do corpo, de si, simplesmente corre. O verde e a selva de concreto. As ruas bifurcadas que se encontram num vértice. Eles se encontram, de mãos dadas. Um plano quase de cinema japonês.


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